Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma:
 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em 
ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas 
como pinheiros, as sequoias e os ciprestes. 
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos.
 Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequoias, os estróbilos 
são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a 
classificação no grupo das coníferas.

Cones ou estróbilos
Florestas de coníferas de regiões temperadas são ricas em árvores do grupo das gimnospermas. No Brasil, destaca-se a Mata de Araucárias do Sul do país.
Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos. 

Araucárias

Cyca
São também gimnospermas as Cycas, 
popularmente conhecidas como palmeira-de-ramos ou palmeira-de-sagu, 
comuns em alguns lugares do Brasil. O tronco também costuma ser espesso,
 a folha é parecida com a das palmeiras, porém, é muito mais rígida.
Reprodução das Gimnospermas - Ciclo haplodiplobionte nas Coníferas
Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia)
 como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta 
os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem 
estrobilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos
 de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.
Existem dois tipos de estróbilos, um grande e 
outro pequeno e, como consequência, há dois tipos de esporângios e de 
esporos. Nos estróbiolos maiores, considerados femininos,  cada 
esporângio, chamado de óvulo, produz por meiose um megásporo
 (ou macrósporo). O megásporo fica retido no esporângio, não é liberado,
 como ocorre com os esporos das pteridófitas. Desenvolvendo-se no 
interior do óvulo o megásporo origina um gametófito feminino.  Nesse 
gametófito surge arquegônios e, no interior de cada um deles, diferencia-se uma oosfera (que e o gameta feminino).

Nos estróbilos menores, considerados masculinos, cada esporângio - também chamado de saco polínico - produz por meiose, numerosos micrósporos. Desenvolvendo-se no interior do saco polínico, cada micrósporo
 origina um gametófito masculino, também chamado de grão de pólen (ou 
gametófito masculino jovem). A ruptura dos sacos polínicos libera 
inúmeros grãos de pólen, leves, dotados de duas expansões laterais, 
aladas. Carregados pelo vento, podem atingir os óvulos que se encontram 
nos estróbilos femininos. O processo de transporte de grão de pólen (não se esqueça que eles representam os gametófitos masculinos) constitui a polinização, que, nesse caso, ocorre pelo vento. 
Cada grão de pólen, aderido a uma abertura 
existente no óvulo, inicia um processo de crescimento que culmina com a 
formação de um tubo polínico, correspondente a um grão 
de pólen adulto (gametófito masculino adulto). No interior do tubo 
polínico existe dois núcleos gaméticos haploides, correspondentes aos 
anterozoides das pteridófitas. Apenas um dos núcleos gaméticos fecunda a
 oosfera, gerando o zigoto (o outro núcleo gamético degenera). 
Dividindo-se repetidamente por mitose, o zigoto acaba originando um 
embrião, que mergulha no tecido materno correspondente ao gametófito 
feminino.
Após a ocorrência da fecundação e da formação do 
embrião, o óvulo converte-se em semente, que é uma estrutura com três 
componentes: uma casa (também chamada de integumento), um embrião e um 
tecido materno haploide, que passa a ser denominado de endosperma (ou 
endosperma primário), por acumular substâncias de reserva que serão 
utilizadas pelo embrião durante a sua germinação. A dispersão das 
sementes, em condições naturais, pode ocorrer pelo vento, no caso do 
pinheiro comum, ou com ajuda de animais (gralhas-azuis ou esquilos) como
 acontece com os pinhões do pinheiro-do-paraná.

Portanto, ao comparar gimnospermas coníferas com as pteridófitas, as seguintes novidades podem ser citadas: estróbilos produtores de óvulos (que, depois, serão convertidos em sementes), estróbilos produtores de grãos de pólen, polinização, diferenciação do grão de pólen em tubo polínico e, por fim, a fecundação independente da água ambiental
 (esse tipo de fecundação é conhecido por sifogamia). Perceba que as 
árvores coníferas representam a geração duradoura, o esporófito, sendo 
os gametófitos reduzidos e pouco duradouros. 
Angiospermas
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas. Desse total, mais de 250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma,
 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de 
espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Características principais das angiospermas
As angiospermas arborescentes possuem três componentes principais: raízes, tronco e folhas. 
- As raízes são os órgãos fixadores da árvore ao solo e absorvem água e sais minerais, indispensável para a sobrevivência da planta.
- O tronco, constituído de inúmeros galhos, é o órgão aéreo responsável pela formação das folhas, efetuando também a ligação delas com as raízes.
- E as folhas são os órgãos onde ocorrerá a fotossíntese, ou seja, o processo em que se produzem os compostos orgânicos essenciais para a manutenção da vida da planta.
Cada flor, que aparece periodicamente nos galhos,
 é um sistema de reprodução e é formado pela reunião de folhas 
modificadas presas ao receptáculo floral, que possui 
formato de um disco achatado. Por sua vez o receptáculo floral fica no 
topo do pedúnculo floral, que é o "cabinho" da flor. No receptáculo há 
uma série de círculos concêntricos nos quais estão inseridas as peças 
florais. De fora para dentro, são quatro os tipos de folhas modificadas 
constituintes da flor: sépalas, pétalas, estames e carpelos.

As sépalas são as mais externas,
 geralmente de cor verde, e exercem a função de proteção do botão 
floral, fase em que a flor ainda não se abriu. O conjunto de sépalas é 
chamado de cálice. As pétalas vêm a seguir. São brancas ou coloridas e formam a corola
 (nome derivado de coroa), com função de atrair os chamados agentes 
polinizadores, muitas vezes insetos. O alimento que esses insetos 
procuram é uma solução açucarada, o néctar, produzido por glândulas de modo geral existentes na base das pétalas.
Os estames ficam dispostos mais internamente no receptáculo. Cada estame possui aspecto de um palito, com uma haste, o filete, sustentando uma porção dilatada, a antera. O conjunto de estames forma o androceu, considerado o componente masculino da flor. Na antera são produzidos os grãos de pólen.
O carpelo ocupa o centro do 
receptáculo floral. é longo notando-se no seu ápice uma ligeira 
dilatação, o estigma, continuando com um curto estilete, vindo a seguir o ovário. No interior do ovário, existem os óvulos. O carpelo solitário é componente do gineceu, a parte feminina da flor.
 
 Os dois grandes grupos de angiospermas
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São exemplos de angiospermas monocotiledôneas:
 capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, 
centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: 
feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, 
ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, 
pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.
Diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas

Exercícios
1) Dizemos que as gimnospermas conseguiram 
definitivamente conquistar o ambiente terrestre, uma vez que essas 
plantas não necessitam de água para a sua fecundação. Marque o nome da 
estrutura que permitiu essa independência da água.
a) Fruto.
b) Flores.
c) Sementes.
d) Grãos de pólen.
e) Gametas flagelados.
2)Uma das características mais marcantes 
das gimnospermas é a presença das sementes. Essa estrutura, presente 
também nas angiospermas, é responsável por proteger o embrião e garantir
 sua nutrição. Marque a alternativa que indica corretamente a estrutura 
que origina a semente.
a) A semente é formada a partir do desenvolvimento do ovário.
b) A semente é formada a partir do desenvolvimento do óvulo.
c) A semente é formada a partir do desenvolvimento do carpelo.
d) A semente é formada a partir do desenvolvimento do esporo.
3)(Uece) Considere as características relacionadas abaixo:
Grãos de pólen;
Sistema vascular;
Sementes;
Fruto.
São características comuns às gimnospermas e angiospermas:
a) apenas I e III.
b) apenas I e IV.
c) II, III e IV.
d) I, II e III.
a) Tépalas: conjunto de pétalas de cores diferentes;
Corola: conjunto de sépalas;
Gineceu: sistema reprodutor masculino;
b) Corola: conjunto de sépalas;
Cálice: conjunto androceu-gineceu;
Perianto: conjunto de pétalas;
c) Corola: conjunto de sépalas;
Gineceu: sistema reprodutor masculino;
Perianto: conjunto androceu-gineceu;
d) Cálice: conjunto de pétalas;
Androceu: sistema reprodutor feminino;
Perigônio: conjunto de pétalas iguais;
e) Cálice: conjunto de sépalas;
Androceu: sistema reprodutor masculino;
Gineceu: sistema reprodutor feminino.
5)(Fuvest-SP) Na maioria das angiospermas, o fruto é uma estrutura formada a partir do desenvolvimento:
a) Do ovário;
b) Do óvulo fecundado;
c) Do zigoto;
d) Da parede do epicarpo;
e) Da oosfera fecundada.
6)Quais são os gametófitos das angiospermas?
7)As gimnospermas e angiospermas são consideradas plantas superiores, possuindo, em comum, todas as partes, com exceção de:
a) semente
b) flor
c) fruto
d) endosperma
e) grão de pólen
8) As únicas plantas que formam sementes num estágio de sua vida são:
a) Gimnospermas e angiospermas
b) Angiospermas e briófitas
c) Gimnospermas e pteridófitas
d) Briófitas e pteridófitas
e) Pteridófitas
 
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